Como cancelar financiamento FAT

Como cancelar financiamento FAT - Repórter Minador do Negrão

Todo mundo que já teve que lidar com fatura de cartão de crédito sabe como os juros altos podem complicar a vida. Para resolver esse problema, o Banco Central criou lá em 2017 o FAT, um financiamento ligado ao Ministério do Trabalho, pensado justamente para dar uma alternativa mais acessível para quem precisa reorganizar a vida financeira.

O funcionamento é simples: oferece parcelamento em até 24 vezes. Aproveitar taxas menores quando comparado ao crédito rotativo faz toda diferença, principalmente para quem é trabalhador com carteira assinada e vive de olho no orçamento do mês.

Não é à toa que muita gente corre atrás dessa opção no momento do aperto, seja para comprar algo importante, seja para sair de prejuízos antigos. Mas também acontece de as prioridades mudarem ou do dinheiro apertar mais ainda, aí o cliente pensa em cancelar. Nesses casos, vale a pena olhar com calma para todo o cenário, e entender bem as regras de cada banco.

Cartões como Itaucard deixaram o FAT mais conhecido, já que explicam direitinho como funciona cada passo do parcelamento. Conhecer cada detalhe e cláusula faz diferença nessa escolha.

Como funciona o parcelamento automático FAT

Na prática, o parcelamento automático do cartão de crédito serve como um “airbag” para o consumidor que não pagou a fatura cheia em até 30 dias. Em vez de deixar a dívida crescer naquele rotativo cheio de juros, o banco transforma o saldo em parcelas fixas, geralmente por até dois anos.

Essa mudança não foi aleatória: ela veio de uma regra do Banco Central (a tal Resolução 4.549), porque antigamente o crédito rotativo era um buraco sem fundo. Só fazer o pagamento mínimo, por exemplo, liberava limite pra mais gastos — o que aumentava o saldo devedor. Quando a gente vê, já virou aquela bola de neve.

Com a regra nova, se a fatura não é paga até a data limite, o resto entra nesse parcelamento automático e o cliente recebe as condições por escrito: juros definidos na hora, prazo determinado para terminar de pagar, nada de surpresas escondidas.

Quais as vantagens desse modelo? Os juros caíram bastante comparando ao rotativo, há prazo fixado para acabar com a dívida (até 24 meses) e mais clareza nas taxas contratadas. Sem contar que agora o cliente só usa o crédito se pagar a fatura integral.

Claro que, mesmo melhorando, o parcelamento FAT pode pesar no orçamento. Nem sempre é o mais vantajoso: vale muito a pena comparar taxas do banco com as de outras linhas e, se der, negociar condições especiais ou buscar alternativas pra evitar comprometer o dinheiro do mês.

Como cancelar o parcelamento FAT

Para quem decidiu que precisa interromper o parcelamento FAT, o processo é objetivo, mas exige alguns cuidados. O contato deve ser direto com o emissor do cartão — aqueles números de telefone que todo mundo decorou de tanto ligar: 4004-1111 para capitais e 0800-111-111 para o resto do Brasil. No mundo digital vale usar também o app do Itaucard ou acessar o site.

Antes de pegar o telefone, já separe algumas informações para não perder tempo: CPF, número completo do contrato, dígitos finais do cartão e algum comprovante de renda recente. Facilita demais o atendimento.

Durante a ligação, é bom ser direto: “Quero cancelar o parcelamento automático da fatura.” Pergunte se existe alguma multa por essa decisão. Dependendo do contrato, pode aparecer uma taxa de até 2 por cento do que falta pagar.

Cuide para anotar o número do protocolo de atendimento. Confirmar o pedido por e-mail ou WhatsApp é uma segurança a mais. Depois disso, dê uma olhada no aplicativo ou no site em até dois ou três dias úteis para ver se o cancelamento já foi processado. Caso nada tenha mudado, é só ligar de novo e informar o protocolo anterior.

Fica a dica: guarde todos os registros do contato, como mensagens, e-mails e protocolos, por pelo menos uns 3 meses. Se aparecerem cobranças indevidas, isso vai ser útil na hora de resolver rápido. Se nada funcionar, vale reclamar no Banco Central pelo telefone 145, ou recorrer a órgãos como o Procon.

Dicas para equilibrar as contas sem sufoco

Organizar a vida financeira parece complicado, mas alguns ajustes já ajudam bastante. Às vezes, trocar o parcelamento do cartão por um empréstimo pessoal mais barato ou negociar diretamente na loja rende juros menores e prazos mais longos.

Uma prática simples é colocar no papel tudo que entra e sai do bolso todo mês. Dá pra fazer em um caderno velho, planilha ou até num aplicativo grátis. Dá para ver claramente onde o dinheiro está indo e repensar alguns gastos do dia a dia — aquele café que a gente toma fora, por exemplo, às vezes pesa mais do que parece.

Outra sugestão que funciona é escolher uma estratégia para pagar dívidas: o método bola de neve consiste em zerar primeiro as contas menores, o que dá estímulo para continuar. O método avalanche, por outro lado, começa nas dívidas com os juros mais altos e pode economizar bastante no total.

Quem tem habilidade ou talento extra consegue tirar um dinheiro a mais no mês. Dá para vender coisas usadas online, prestar serviços, ou participar de pesquisas pagas — nada disso resolve tudo, mas já alivia um pouco enquanto as finanças não estão sobrando.

Se o buraco for muito fundo, procurar um consultor financeiro pode ser uma boa. Eles costumam ajudar a traçar planos realistas, oferecer caminhos para negociar dívidas com o banco e evitar que a situação piore.

Pós-cancelamento: acompanhando e se protegendo

Depois de pedir o cancelamento, não custa nada ficar de olho nas próximas 72 horas. Normalmente os bancos atualizam tudo em até três dias úteis, mas é bom checar o app do cartão ou o extrato online com calma. Confirmou o cancelamento? Guarde todos os comprovantes bem organizados por pelo menos seis meses, porque nunca se sabe quando uma taxa indevida resolve aparecer.

Caso algo dê errado ou o banco não responda, dá para reclamar por canais oficiais como o Banco Central pela plataforma digital ou pelo Procon mais próximo. Nessas horas, documentação guardada faz diferença.

No fim das contas, o segredo pra não cair em novas dívidas ainda é fazer conta, comparar taxas e olhar as condições de cada acordo antes de usar qualquer linha de crédito. Ajustar o orçamento, revisar gastos, e dar preferência para acordos transparentes acaba sendo uma proteção extra para não virar refém das parcelas.

Fonte: https://www.circulandonews.com.br/

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